A Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional, está cada vez mais presente nas vidas de diferentes profissionais, e muito frequente nos diagnósticos de afastamento do trabalho. Sintomas como cansaço excessivo, ansiedade, dores de cabeça, insônia e alterações de apetite, podem acompanhar grande irritabilidade e indiferença nas relações laborais, além da perda de sentido na realização e construção da identidade profissional.
Mas como podemos identificar os principais fatores de risco deste transtorno? Dividindo nossa atenção entre nosso ambiente e nossas atitudes. Não basta culparmos nossa empresa, nossos líderes ou nossos clientes, temos que compreender também quem somos como profissionais.
Um gestor que determina prazos impossíveis para executar uma tarefa, um hospital que não oferece recursos adequados para atendimento ou uma escola que reduz a autoridade e importância de um professor, são ambientes de risco para a Síndrome de Burnout. Um profissional que convive com a ameaça constante de cortes, com a ausência de atividades e desafios ou com constantes mudanças de objetivos, pode estar mais próximo do esgotamento.
Por outro lado, a forte ideologia que faz um psicólogo atender pacientes por 12 horas seguidas, o perfeccionismo de um arquiteto que não consegue finalizar seus projetos e a ambição sem limites de uma alta executiva, podem ser os principais fatores de risco para um quadro de Burnout. Nossas crenças sobre o trabalho podem ser essenciais para buscar nossos objetivos e metas na vida, mas também podem ser o motivo de nosso cansaço.
Podemos mudar nossas atitudes. Podemos trocar de ambiente profissional. Mas não podemos nunca abandonar a nós mesmos. Sem saúde mental, não existe um trabalho de qualidade. Sem produtividade, nos afastamos da saúde mental!
Roger Oliveira
CRP: 06/178.679